A oração de uma mãe arrebenta as portas do céu!
Mães são amor em estado puro, desprovido de censuras e etiquetas, de qualquer senso que possa existir. E é exatamente isso que as torna essenciais, indispensáveis, inesquecíveis e únicas em nossas vidas.
Nós recebemos tudo delas: sangue, matéria, existência, essência – quer elas tenham ou não nos gerado em seu ventre. Crescemos com elas ali, sempre presentes, e vez ou outra olhamos em busca de seu olhar de aprovação. Mãe é a segurança, o esteio, o porto-seguro para onde voltamos, mesmo que em memória, quando dos reveses da vida. Não existe cafuné mais gostoso, comida mais saborosa, cheiro mais penetrante ou voz mais acalentadora do que de nossas mães. Sabemos que, quando ninguém mais nos der razão, no colo das mães encontraremos repouso consolador.
Por outro lado, elas também sabem ser críticas, mordazes, ferinas, num primeiro momento, quando fugimos às suas expectativas. Porque precisam colocar pra fora todo aquele ranço acumulado, para que o encantamento de seu coração possa transbordar livre, trazendo-nos de volta à realidade. Ao final, elas sempre acabam nos aceitando como somos, em tudo o que nos define. Elas até tentam nos moldar e nos conduzir à sua imagem e semelhança, mas invariavelmente acabam nos deixando livres – e nos amando ainda mais por sermos nós mesmos e por termos nos tornados quem somos.
Coração de mãe é uma couraça, nunca sucumbe, sustentando-a durante as noites insones e as horas de prece velando nossa febre, durante a madrugada sem fim de nossa adolescência, à espera de nosso telefonema, à espera de nossa voz viva, diariamente, a todo instante. Mães têm uma fé absurda e a força de suas orações chega a gritar aos nossos ouvidos – Chico Xavier disse que a oração de uma mãe arrebenta as portas do céu: alguém duvida? Elas estão ali ao lado dos filhos, firmes, esperançosas, quando nada mais parece ter salvação, à cabeceira das sessões de quimioterapia, à porta dos prontos-socorros, em frente aos portões das prisões. Mãe é esperança sem fim, fé inconteste.
Mães não erram deliberadamente, posto que em razão do amor. O filho é seu projeto de vida, sua perpetuação nesse mundo, o legado que deixa à sociedade, por isso elas relutam tanto diante das falhas, dos vícios e dos erros de seu rebento. Aceitar as imperfeições do ser humano a quem outorga sua vida requer desconstruir-se, ressignificar paradigmas, abrir mão da felicidade completa e sofrer, frustrando planos acalentados em vão. Mas nada é em vão, em se tratando de mãe e filho. Sorvemos tudo o que vem delas, mesmo que fique adormecido, aguardando o momento certo de vir à tona em nosso favor – sempre em nosso favor.
Mãe também é solidão. Porque ninguém, a não ser elas mesmas, conseguem compreender o que é tudo isso que lhes é tão peculiar. Um amor que transborda além do permitido, um amor que cura, acalma e alimenta a alma. Um amor que nunca desiste da esperança, presente ali nas casas de repouso e nos asilos, onde aguardam ansiosas pelas visitas esparsas, ou mesmo inexistentes. Mãe é persistência, é crença indelével na capacidade do ser humano. É aceitação e resignação, sem questionamento nem cobranças. E precisamos que elas assim o sejam, pois nos são exemplos da necessidade de nos entregar, de acreditar, de amar, de aceitar e de brigar por aquilo que se quer.
Mães não morrem como as outras pessoas – elas são tiradas de nós, abruptamente, sem aviso, porque nunca estaremos preparados para enfrentar a vida sem elas. E então vamos nos agarrando dolorosamente às memórias, às fotos, filmes, cartas e à certeza de que teria sido muito pior se tivéssemos sido nós tirados delas, tentando nos consolar e aprumar nosso navio que parece navegar à deriva de nós mesmos, enquanto experienciamos os ambientes sem a sua presença e nos consolamos com as suas visitas em nossos sonhos. E, nesse processo de luto, somos obrigados a aprender a viver somente de nós mesmos, sem a ternura, a bravura, a cafonice e a sabedoria de um de nossos sustentáculos emocionais mais preciosos. Enfim a dor, burilada e mitigada, transforma-se em saudade contida e em gratidão por termos sido filhos das melhores mães do mundo. Autor: MARCEL CAMARGO
Valorosas mães – Escrito por Orson Peter Carrara
Ninguém discute o vital papel das mães. Doadoras de vida, cumprem papel de co-criadoras com Deus, gerando no próprio ventre o corpo que oportuniza a reencarnação. À luz deste princípio básico do Espiritismo, amplia-se ainda mais o papel de mãe.
Sim, porque através das vidas sucessivas os espíritos alternam-se nas posições de pais e mães, filhos e irmãos, com aprendizados necessários e diferentes, mas é na condição de mãe que o espírito desenvolve o mais alto sentimento de amor. Justamente pelos exercícios de renúncia em favor dos filhos, como pela geração da vida física.
Não é necessário recordar a infância para trazer de volta a memória de detalhes da convivência com as mães para cada um de nós. São muitos e cada um saberá trazer para si mesmo aqueles momentos que mais lhe marcaram a vida.
De mim mesmo posso dizer que nunca pude esquecer os momentos em que sabia que minha mãe orava em silêncio, sentada na cama. Acompanhei toda sua trajetória de lutas em favor do atendimento a pessoas que a buscavam na porta para receberem passes, ouvirem palavras de bom ânimo e estímulo, como para socorrer os casos de perturbação mediúnica. Ora, isso ficou. São lembranças que não se apagam.
Mas, desejo destacar outro aspecto. Conheço duas mães valorosas.
Uma é minha vizinha, em Matão. Mãe de um menino especial, de 12 anos. Sua postura carinhosa e paciente com o filho especial é de comover. Só mesmo o amor de mãe é capaz disso. E Deus é sábio: convoca espíritos valorosos para atender esses casos difíceis.
Mas, outra delas me comove profundamente. Conheço-a pessoalmente. Sei de sua luta invulgar, seu drama difícil de ser vivido. Mas ela está lá, firme, disposta. Sofre, é claro, mas não abandona seu posto e cumpre sua missão de mãe com a coragem daqueles que sabem o que devem fazer.
Não lhe importa as agressões que sofre da filha, também especial. Apesar dos momentos de profundo pesar e sofrimento, ele segue adiante. Sabe, interiormente, que Deus lhe confiou esta tarefa. E cumpre com a valentia de que somente os fortes são capazes.
Admiro-a pela fortaleza interior que possui. Pela fé que talvez nem compreenda, mas sente. Louvo-lhe o espírito determinado, cambaleante fisicamente é óbvio, mas resoluto em espírito.
São essas almas valorosas que Deus convoca. Convoca para ajudar outras almas comprometidas com equívocos do passado e que agora ressurgem no cenário do mundo, necessitadas de alguém que lhes divida a tortura. De alguém que seja capaz de estar 24 horas ao seu lado. E embora inconscientes para o mundo, estas almas sofredoras sabem inconscientemente que tendo a seu lado essas valorosas almas que a vida chama de mãe, conseguirão vencer a etapa desafiadora.
Tudo isso para dizer que Deus jamais abandona seus filhos. Deus está em toda parte a nos ajudar, a nos promover. Ergamos os olhos e esqueçamos nossas bobagens advindas do egoísmo e do orgulho ferido. Viver é exercício de tolerância, de compreensão, de amor. Para alcançar a vitória da consciência tranquila.
Amor de Mãe – Por Regina Hennies
Transcende a normalidade, o amor de mãe! Deve ser por isso que Deus divide com ela os cuidados de Seus filhos. A ligação de uma Mãe com cada um de seus rebentos – nascidos de sua barriga ou não – é tão forte e poderosa que faz surgir no coração materno a Força, a Luz e a Proteção de uma só vez e uma frágil mulher se transforma na mais forte heroína. Ela vence o próprio tempo e o espaço e, mesmo fora da dimensão terrestre (se essa mulher já ultrapassou as barreiras da morte), está sempre ao lado de seus filhos quando há necessidade de sua presença.
O papel verdadeiro de Mãe é também cuidar do mundo, dos seres órfãos desde cedo, separados do colo materno por tantas e muitas razões. Maternidade é acolher corações carentes, trazer-lhes a alegria do encontro, do carinho da mulher-mãe, esse ser escolhido pelo Pai para ajudá-Lo na distribuição da energia do Amor Incondicional.
De todas as datas comemorativas criadas para movimentar o comércio, o dia das Mães é um dos mais repletos de energia de amor verdadeiro. Nesse dia queremos estar perto, levá-la para passear, preparar um almoço com carinho, tratá-la como uma verdadeira rainha, na tentativa de retribuir um pouquinho do que ela nos dá no dia a dia. Fica fácil quando a temos por perto.
Mas e quando filhos e mães estão separados pelas dimensões, como podemos ultrapassar a barreira da carne e mostrar que o amor é eterno e infinito? Sempre bom lembrar que o pensamento é energia viva e chega aonde for necessário. Portanto, é só pensar nela e ela estará ao nosso lado. Podemos sentir seu perfume…
E as mães que estão encarnadas – e passaram pela perda prematura de seus filhos – também sabem disso. É só pensar neles e eles estarão ao seu lado, também em pensamento, no mesmo instante. Porque o amor une a todos os seres. O amor verdadeiro e sem máculas. O amor de Mãe é assim. Por isso engloba a todos, sem demora e com muita força.
O amor materno declina para o Amor Incondicional. Ele está em tantas mulheres que amam mesmo sem dar à luz, pois elas têm Força e a Chama Divina dentro de seus corações e tomam para si a tarefa de distribuir carinho, sem qualquer distinção, de acalentar a todos que necessitam de atenção, de “cuidados especiais”.
Sim, cuidados especiais destacados entre aspas porque somente um ser tão doce quanto uma Mãe sabe o que significa o aconchego de enlaçar seus filhos, embalá-los com ternos olhares, mesmo que eles já não possam estar presentes fisicamente. Na falta física do amado ser, temos o recurso precioso da oração.
A oração de uma Mãe sempre chega mais rápido ao coração do Pai. Porque são palavras puras, que traduzem somente o Bem e pedem sempre pelos outros, nunca para si. Por isso Deus dividiu com as Mães a tarefa de distribuir o Amor. O amor Incondicional. O amor de Mãe.
O Mistério das Mães – Escrito por Amílcar Del Chiaro Filho
Mãe! Que mistério profundo envolve o momento em que Deus a concebeu em seu pensamento para oferecê-la ao mundo. Que doce mistério é o amor que mora em seu peito e faz com que você ame as criaturas que saíram de seu ventre, quer se revelem angelicais ou diabólicas.
Quantas lágrimas vertidas pelos filhos pequenos quando adoecem ou lhes falta o pão. Quantas lágrimas de alegria pelas vitórias de seus filhos, ou de tristeza pelas suas derrotas. Quanto amor vibra em seu peito, quanta luz brilha em suas mãos abençoadas.
Quem pode avaliar tudo isto? Quem pode avaliar o quanto vale as noites de vigília junto ao berço da criança febril, lutando por resgatá-la da morte? Quem pode por preço nos milhares de passos dados de dia ou de noite para observar seu pequeno ou já grande amor? Quem pode avaliar as renúncias de uma mãe?
Jubilosamente a cumprimentamos neste dia dedicado às mães. Cultivamos um amor intenso por você, mãezinha, em todos os dias do ano, não só deste ano, mas dos que ficaram para trás na esteira do tempo, e os que ainda moram no futuro.
Além desta declaração de amor filial, queremos declarar nosso amor e a nossa admiração por duas qualidades de mães extraordinariamente especiais: as que adotam os filhos de outras mães que não puderam cuidá-los, e as que carregam nos braços o filhinho deficiente, quer físico, ou mental, crucificada à dor, mas sorrindo entre lágrimas, pois, nem em sonho aceitam perdê-los.
Enquanto existirem mães, há esperança de que o mundo se transforme num local muito bom de se viver. Mães de todas as condições humanas, aceitem nosso beijo enternecido.
Mulheres e Mães – por Amílcar Del Chiaro Filho
Há pessoas que passam pelo mundo e deixam um rasto de luz convidando-nos a segui-los. Assim foram personalidades como Sócrates, Buda, Francisco de Assis, Gandhi, Luther King, Madre Teresa, Hellen Keller, Florence Nightingale, Ivone do Amaral Pereira, Chico Xavier e tantos outros.
Existem outras pessoas, sem notoriedade pública, mas que na humildade de suas posições na vida, brilham como astros de primeira grandeza no firmamento do nosso coração. Quantos destes abnegados anônimos vivem ao nosso lado e não temos para com eles a atenção e o carinho, o incentivo para que continuem bons, para que continuem derramando o amor que trazem no vaso do coração, em benefício de todos.
Esses heróis anônimos se constituem em verdadeiros anjos da guarda em nossas vidas. Não trazem asas às costas, não possuem auréolas sobre a cabeça, mas amam infinitamente.
Muitos respondem pelos nomes de pais e mães, outros são professores. Há os que atendem por irmãos ou simplesmente amigos, mas são verdadeiramente anjos guardiões.
Entre os anjos que Deus nos concedeu para amenizar nossas dificuldades, estão as mães, anjos tutelares de nossos sonhos, de nossas lutas, de nossos acertos e desacertos na vida. Não importa que ela seja rica ou pobre, culta ou analfabeta, professora ou bóia-fria, proprietária ou sem terra, uma auréola de santidade envolve sua cabeça, e a paz do seu coração derrama-se sobre o mundo.
Entre as mulheres mães há aquelas que nunca engravidaram, a não ser no coração. Mulheres que adotam filhos de outros úteros e amam profundamente seus filhos do sentimento, não importando a cor da pele ou sua a origem. Mães adotivas, que santificam o mundo com o seu amor.
Nossa homenagem profunda e humilde às mães de crianças portadoras de necessidades especiais. Mães de filhos excepcionais, mães que receberam de Deus filhinhos doentes, cegos, paralíticos. Deus abençoe essas mães especiais.
Que dizer às mães que retornaram ao mundo espiritual pela porta da desencarnação, e o seu amor construiu uma ponte que liga os dois mundos para que possam continuar velando por seus filhos queridos? Só podemos dizer que as amamos muito e pedimos a Deus que as proteja. Se não temos como agradecê-las, oremos por elas, uma prece de agradecimento e incentivo.